segunda-feira, 25 de abril de 2011

Saudades...

Hoje levantei cedinho...cedinho mesmo,liguei o pc e me propus a escrever um email...
Respirei fundo e só conseguia lembrar desse texto...Ele expressa muito do que eu sinto agora, mas ainda não é tudo.
Queria expressar exatamente o que se passa aqui dentro, mas parece que até as palvras ausentaram-se de mim...
Resolvi então escrever um email com esse texto,depois de fazer uma pequena alteração adaptando ele a minha realidade 

A dor que mais dói - Martha Medeiros
(Adaptçoes:Aline Amorim

"Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.


Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos, dos abraços. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar no Sul e ele do outro lado da cidade, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua passando horas no celular. Não saber mais se ela continua mexendo no cabelo. Não saber se ele ainda usa a correntinha que você deu. Não saber se ela cuida do estômago como prometeu. Não saber se ele tem comido direito, se ela tem tomado café da manhã, se ela continua jogando futebol as quintas, se ele ainda come macaxeira com charque antes da aula, se ela continua preferindo suco de pêssego, se ele continua sorrindo, se ela continua adorando caipirinha de maracujá, se ele ainda vai naquele lugar, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer. "

E após digitar tudo isso, faltou energia na minha casa...
E eu não consegui enviar o email
Destino? Talvez...
Mas que nem o tempo, nem o destino nem nada nesse mundo destrua o nosso muro meu Jinho...

Eu te amo incondicionalmente...

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